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Observação de cetáceos nos Açores vale €3 milhões/ano só em bilhetes - Vídeo


Em 2009, o “continental” Pedro Filipe e a sua esposa, bióloga, compraram a empresa Horta Cetáceos, que promove viagens de observação de cetáceos. Todos os anos, cerca de 50 mil pessoas visitam os Açores para ver baleias e golfinhos, mas os seus objectivos eram bem mais modestos.
“Quando pegámos na Horta Cetáceos, em 2009, tínhamos a expectativa de chegar os 600 ou 700 clientes. Ficámos perto dos 900 e foi uma surpresa muito grande. Passados quatro anos, em 2013, o número quase triplicou, para os 2.300 [por ano]”, explicou Pedro Filipe ao Economia Verde.
Apesar de os números serem anuais, não deixam de ser significativos para quem tem apenas uma pequena embarcação. Segundo Filipe Porteiro, director regional dos Assuntos do Mar, os 50 mil turistas que chegam aos Açores para observar cetáceos – baleias e golfinhos – gastam mais de €3 milhões só em bilhetes para os passeios. Fora os lucros indirectos.
Num ano excepcionalmente rico nas observações de baleia-de-barbas, como a gigante baleia-azul, o lamento dos responsáveis das empresas de observação de cetáceos, sobretudo no Faial e Pico, é não poderem crescer muito mais.
“Estamos limitados no número de licenças e barcos que podemos ter para a observação de cetáceos. Mas tem sido uma aventura muito bem sucedida”, desabafa Pedro Filipe.
É possível ver baleias e golfinhos em todas as ilhas dos Açores, mas São Miguel, Faial e Pico são as que mais apostam neste tipo de negócio. “Há todo um vasto território marítimo e marinho à volta das outras ilhas, especificamente em relação ao sul do Pico e Faial. Toda esta zona tem a quota no máximo e, para a actividade se manter sustentável e segura, essa quota não deve ser ultrapassada”, explicou Filipe Porteiro.

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