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Censo anual de Milhafres/Mantas decorre nos Açores e Madeira



A Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves (SPEA) promove  o X Censo de Milhafres/Mantas nos Açores e na Madeira, numa iniciativa que pretende contribuir para avaliar o estado da população da desta ave de rapina diurna, que nidifica em ambos os arquipélagos.

O censo realiza-se todos os anos desde 2006 e pretende mobilizar dezenas de voluntários, a quem compete a recolha de dados sobre os avistamentos das aves.
A ação de voluntariado, promovida pela SPEA, decorrerá em simultâneo nos dois arquipélagos. Em termos taxonómicos, no arqu ipélago dos Açores ocorre a subespécie Buteo buteo rothschildi, vulgarmente conhecida como milhafre, enquanto que, no arquipélago da Madeira, a manta corresponde à subespécie Buteo buteo harterti. Em território continental ocorre a subespécie Buteo buteo búteo, sendo conhecida como águia-de-asa-redonda.

Para participar neste censo não é necessário ter conhecimentos científicos específicos, bastando conseguir identificar a ave. O censo apela, por isso, à cidadania ambiental (ou Citizen Science), propondo a participação dos cidadãos num projecto científico que visa a obtenção de mais dados sobre as populações de milhafres e mantas existentes nos Açores e Madeira.

Nas 9 edições anteriores deste censo estiveram envolvidos 778 voluntários, tendo permitido avistar 4983 aves em ambos os arquipélagos, em 662 percursos realizados, possibilitando a estimativa das densidades por ilha desta espécie. Em 2014, as ilhas com maior número de milhafres/mantas avistadas por quilómetro percorrido foram a Graciosa, o Faial e São Miguel. Por outro lado, as ilhas com menor número foram Porto Santo e Santa Maria.

Esta ave de rapina, com uma envergadura entre 110 e 130 centímetros, podem ser vistos sozinhos ou em grupo, a voar, pairar, pousados no solo ou, muito frequentemente, em cima de muros, postes e nos seus poisos de caça. A espécie pode ser observada um pouco por todo o lado, em zonas florestais, áreas costeiras, pastagens e mesmo zonas urbanas, alimentando-se maioritariamente de roedores, pode consumir também pequenas aves, insetos e minhocas. O envenenamento e a eletrocussão em linhas elétricas são as principais ameaças que afetam os milhafres, para além da captura/abate ilegal.

Para Clara Ferreira, presidente da SPEA, "a participação das pessoas ao longo destes 10 anos tem sido uma surpresa com muitas pessoas a colaborarem de sde a primeira edição". Esta excelente participação tem sido "fundamental na obtenção de dados sobre esta espécie que ocorre em diversas ilhas e mostra como todos nós podemos de uma forma simples contribuir para o estudo de uma ave tão importante como esta".

Os relatórios com o dados anuais sobre este censo, como qualquer dúvidas de como pode participar, podem ser consultados na página da SPEA em http://www.spea.pt/pt/estudo-e-conservacao/censos/censo-de-milhafres-man...

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