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Jovem fotojornalista açoriano esta a dar cartas lá fora



Pepe Brix (Santa Maria, 1984)


Pepe Brix não é aventureiro. “A aventura surge se partirmos do princípio que nem sempre as melhores histórias estão ao nosso alcance.” Desde 2009 que o fotógrafo açoriano se desdobra em grandes viagens. No ano passado, passou dois meses em cima de uma moto com o projecto “Lisboa-Pequim-Lisboa”, em que acompanhou a expedição de três portugueses pelo mundo (brevemente em exposição). 

Um ano antes, embarcara no bacalhoeiro Joana Princesa, numa campanha de três meses e meio nos mares da Terra Nova, documentando a vida a bordo dos navios portugueses de pesca longínqua. Esse projecto, “Código Postal: A2053N”, acabaria por ser publicado em Janeiro de 2015 na “National Geographic Portugal”. Daí resultou também uma exposição que correu o país e o mundo (segue este ano para Itália e França) e o livro “Os Últimos Heróis”, em resposta a um desafio da Riberalves. “Não é aventura, é querer trabalhar. Sair da área de conforto e arriscar um bocadinho.”


A fotografia corre-lhe nas veias. Os avós eram artistas de circo. Cansados da vida deambulante, assentaram arraiais nos Açores, onde o avô começou a fazer fotografia “à la minuta”. Com o passar do tempo, abriu um estúdio, Foto Pepe, que passou do avô para pai e do pai para Pepe. Concilia essa actividade com o fotojornalismo. Geralmente, tem um a dois grandes projectos por ano — conta com o apoio da Câmara Municipal de Vila do Porto, mas no fundo uns trabalhos financiam os outros. 

Agora, está na Islândia a documentar uma outra realidade da pesca do bacalhau. Em breve, a propósito da situação actual da base das Lajes, quer documentar a influência norte-americana nos Açores. Gosta de histórias que estão por contar e de abordar as questões de uma forma “mais profunda”. É, diz, uma característica dos açorianos, mais “nostálgicos”, mais “sensíveis”, com mais espaço para reflexão. “Acho que tenho essa componente ilhéu em mim.”

Fonte: P3

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