Header Ads

Jovem cria linha de dermocosmética com produtos dos Açores



Óleo de camélias, água termal, leite ou extratos de mel são alguns dos produtos dos Açores que compõem uma linha de dermocosmética criada por um jovem empreendedor, que encontrou nas singularidades do arquipélago potencial de negócio.

"A ideia surgiu quando trabalhava para uma consultora em Bruxelas que tinha clientes na indústria cosmética e comecei a conhecer os ingredientes em maior detalhe, a saber o que estava presente num creme normal", disse hoje à agência Lusa Miguel Pombo, 32 anos e fundador da marca 'Ignae', na ilha de São Miguel.

Apercebendo-se de que os Açores tinham elementos com "elevado grau de pureza e composição única, influenciada pelo mar, vulcanismo, entre outras condições endógenas", Miguel Pombo, licenciado em Relações Internacionais, decidiu arriscar no mundo empresarial e criar uma marca própria.

Os primeiros ensaios começaram em 2009, mas só no final de 2016 o empresário açoriano começou a vender na Internet os primeiros quatros cremes para o rosto.

"Criámos uma fórmula base, que é o complexo regenerador que está presente em todos os nossos produtos", referiu Miguel Pombo, explicando que entre os elementos já utilizados nos cremes estão o leite dos Açores, sobretudo o colostro (primeiro leite após o parto de uma vaca), água termal do vale das Furnas, óleo de camélias e extrato de mel.

O jovem adiantou que tem novos elementos em investigação, como organismos que vivem nas nascentes termais ou óleos de plantas locais com propriedades regenerativas.

"A combinação entre os ingredientes é uma receita secreta, mas todos os produtos utilizados estão referenciados no Infarmed [Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde]", garantiu, adiantando que os cremes são produzidos numa fábrica especializada em cosméticos em Lisboa.

Miguel Pombo, que foi distinguido num concurso regional de empreendedorismo, conta apresentar entre abril e maio o quinto produto da marca, uma máscara de limpeza e rejuvenescimento feito com argila de duas zonas diferentes dos Açores.

No total, a empresa criou três postos de trabalho na região, nas áreas do marketing e comunicação, tendo já comercializado para a Arábia Saudita, China, Estados Unidos da América e Canadá, quer para particulares ou lojas de retalho. O próximo passo é a venda em algumas unidades hoteleiras da região.

"As reações têm sido bastante positivas", declarou Miguel Pombo, destacando que "a parte com maior valor acrescentado, do desenvolvimento, do marketing, das vendas, no fundo o capital intelectual, fica todo nos Açores"

in noticiasaominuto.com

Sem comentários