Italiano de Rabo de Peixe volta a fugir: Antonino Quinci em parte incerta no Brasil
Antonino Quinci: de Rabo de Peixe à fuga no Brasil (2025)

Antonino Giuseppe Quinci, o italiano ligado ao caso da cocaína em Rabo de Peixe, voltou a escapar à justiça — agora no Brasil. O seu nome, que marcou a memória coletiva micaelense desde 2001, regressa às manchetes com uma nova evasão durante o cumprimento de prisão domiciliária com pulseira eletrónica.
A ligação de Antonino Quinci aos Açores tornou-se incontornável quando o seu veleiro naufragou ao largo de Rabo de Peixe, na ilha de São Miguel, no início dos anos 2000, espalhando pela costa centenas de quilos de cocaína de elevada pureza. O episódio provocou um impacto social profundo e duradouro na comunidade, desencadeando casos de consumo, sobredosagens e um estigma que perdurou muito para lá das manchetes. Anos depois, Quinci seria detido e acabaria por cumprir pena em diferentes países, acumulando também um histórico de fugas rocambolescas.
No Brasil, Antonino encontrava-se sob prisão domiciliária vigiada por pulseira eletrónica quando ocorreu a quebra da pulseira, acionando de imediato os alertas das autoridades. Desde esse momento, o paradeiro de Quinci permaneceu desconhecido e as diligências passaram a enquadrar-se nos mecanismos de cooperação judicial e policial, com difusão de informações e cruzamento de pistas que, até ao momento, não conduziram à sua recaptura. A nova fuga, pelas circunstâncias e pelo histórico do protagonista, reacende o debate sobre a execução de penas, a eficácia da monitorização eletrónica e a coordenação internacional entre sistemas de justiça.
Para compreenderes a origem desta história — o naufrágio, a chegada dos pacotes à costa e as consequências humanas e sociais em São Miguel — recomendamos a leitura do nosso artigo: “Cocaína em Rabo de Peixe: a história real” . Este artigo reúne o contexto essencial e ajuda a ligar os pontos entre o passado e os mais recentes desenvolvimentos no Brasil.
A figura de Antonino Quinci, tantas vezes referida como “o italiano de Rabo de Peixe”, tornou-se símbolo de um capítulo complexo dos Açores e, agora, de um caso que atravessa fronteiras e sistemas legais. Acompanhar os novos dados oficiais será determinante para perceber se esta fuga terminará como as anteriores — com detenção — ou se prolongará a aura de evasão que o persegue há décadas.
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