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Ilha de Santa Maria passa a ter um parque arqueológico subaquático

Foto de MM Photography

A criação do primeiro parque arqueológico subaquático de Santa Maria, nos Açores, que vai dar a conhecer os restos do navio "Canarias", foi hoje formalizada através de decreto publicado em Diário da República, que entra em vigor na sexta-feira.


O Parque Arqueológico Subaquático do “Canarias”, localizado em águas pouco profundas junto à Praia Formosa, vai mostrar o navio que transportou tropas para o primeiro conflito bélico de pendor independentista, que levou à independência de Cuba.
Os parques arqueológicos subaquáticos constituem espaços privilegiados de conservação do património arqueológico.

O sítio do naufrágio do “Canarias”, na ilha de Santa Maria, apresenta condições de visitação, pelo que é permitido o mergulho amador, desde que cumprindo as normas legais e regulamentares.
No interior deste parque arqueológico subaquático é proibida a pesca, qualquer que seja a arte ou modalidade, a ancoragem de embarcações, boias ou quaisquer outras estruturas e a realização de trabalhos de investigação científica sem prévia autorização.

De acordo com o decreto regional, o “Canarias” participou no transporte de tropas na “Guerra dos Dez Anos”, primeiro conflito bélico de pendor independentista, que levou, anos depois, à independência de Cuba, marcando o fim do império ultramarino espanhol.

Considerando a importância histórica e a singularidade dos restos submersos da embarcação, o Governo Regional decidiu criar este parque arqueológico subaquático para potenciar a “divulgação do turismo arqueológico e o incremento da história náutica dos Açores”, refere o documento.
O parque de Santa Maria vai juntar-se a outros já criados pelo Governo dos Açores ao largo das ilhas de S. Miguel, Terceira, Pico e Flores, com o intuito de se criar uma rota de parques arqueológicos e sítios onde ocorreram naufrágios para dar notoriedade e estabelecer condições de mergulho naquelas zonas, que representam "um vasto" património subaquático.

A proteção dos restos afundados do “Canarias” vai, também, permitir a conservação e salvaguarda da biodiversidade marinha existente na zona, representativa dos ambientes costeiros da região, pois esta estrutura submersa proporciona substrato para a colonização de vários organismos, criando um ambiente similar aos recifes naturais costeiros do mar dos Açores, nos quais se abrigam espécies marinhas de importância ecológica e económica.

O local onde se encontra o “Canarias” está classificado como Área Marinha para a Gestão de Recursos da Costa Sul, integrada no Parque Natural da Ilha de Santa Maria e como Área de Proteção e Conservação da Natureza no Plano de Ordenamento da Orla Costeira da ilha de Santa Maria.

in AO

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