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Pete Souza, fotógrafo oficial de Barack Obama, é descendente de Açorianos !



As suas últimas imagens deliciaram o mundo: fosse em Hanói, a jantar com Anthony Bourdain, fosse na histórica visita a Hiroshima, onde não pediu desculpas mas gerou admiração ao abraçar um sobrevivente da bomba atómica. Na grande maioria, as imagens recolhidas pelo fotógrafo oficial mostram o presidente assim, em público ou na intimidade, humilde e cheio de graça.

A verdade é que o fotógrafo oficial da Casa Branca, o luso-descendente Pete Souza, como conta o The Guardian, mostrou o seu lado mais humano e muitas vezes divertido – muitas dessas imagens mostram momentos oficiais da administração Obama que nunca serão esquecidos. Avaliando o seu conjunto, é possível dizer que os Obama fizeram da Casa Branca um lar afro-americano durante oito anos. Agora que o tempo está a chegar ao fim, começam os balanços.

Houve vários momentos emblemáticos: um deles foi durante a visita de Jacob Philadelphia, um rapaz de cinco anos, que quis saber se o cabelo do presidente era como o seu. E Barack baixou a cabeça, para que o miúdo o sentisse com a própria mão. Numa outra visita, Pete Souza apanha o presidente a esconder-se de um rapaz mascarado de homem-aranha. Há ainda imagens de Obama à espreita durante o recital da filha ou refletido num dos espelhos da Casa Branca, com um dedo nos lábios.

O segredo do seu sucesso, conta Souza, é antes de mais ser um comunicador nato – e nisso, assegura o fotógrafo, que já estivera na Casa Branca durante a era Reagan, há pontos em comum: o seu lado humano, a capacidade de se relacionar com os outros, ser simplesmente humano é um dom raro, mesmo entre jovens políticos. Obama mostra-se como é - mas nunca arrogante, distante ou manipulador. Nas fotos, parece sempre feliz, mesmo no escritório, sempre a pedir que comentemos: "ah, que cool que ele é".

É ver com os seus próprios olhos. As fotos do dia, no site oficial da Casa branca, falam por si.



QUEM É PETE SOUZA

Para o responsável das fotografias oficiais da Casa Branca, estes oito anos representaram um regresso – fora já fotógrafo de Ronald Reagan, quando este ocupou a presidência dos Estados Unidos durante a maior parte dos anos 1980. Mas a sua experiência vai muito além disso: foi fotógrafo do Chicago Tribune, fez fotografias como freelancer para a National Geographic, e foi ainda professor assistente na Universidade de Ohio. É dono de um portfolio imenso sobre a cena política americana mas também cobriu acontecimentos em todos o mundo: por exemplo, depois do ataque de 11 de setembro, estava entre os jornalistas que no Afeganistão cobriram a queda do regime de Cabul.

Lançou um livro sobre a era Reagan, em 1992, pouco depois da saída do então presidente, e outro sobre a ascensão de Obama, nos inícios de 2009, mal Barack tomara posse. Ganhou uma série de prémios de fotojornalismo, deu palestras um pouco por todo o lado – do Smithsoniam Museum of American History a Universidades como Boston ou Harvard. Exposições com fotos suas também percorreram já boa parte da América.

Natural de New Bedford, cresceu em Dartmouth, no Massachussets, licenciou-se em comunicação pública na Universidade de Boston e completou o mestrado em jornalismo na Universidade do Kansas. Tem 60 anos e, com o apelido denuncia, tem raízes que nos são comuns: é neto de portugueses que emigraram dos Açores.

in visao.sapo.pt

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