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Praia de Porto Pim, no Faial, reabre quarta-feira à prática balnear



A Praia de Porto Pim, no Faial, reabre quarta-feira, 31 de julho, à prática balnear, depois de ter estado interdita a banhos devido a um fenómeno tópico e espacialmente restrito de contaminação por bactérias fecais.

A Direção Regional dos Assuntos do Mar (DRAM), na sequência de um reporte informal de que várias crianças teriam tido alguns problemas de pele, embora sem gravidade, após terem frequentado a Praia de Porto Pim, contratou o Instituto Ricardo Jorge para proceder à recolha de amostras de areia em diversos locais da praia, sendo que os resultados preliminares indicaram a presença de contaminação bacteriológica em algumas zonas do areal.

O técnico especialista do Instituto Ricardo Jorge recolheu uma amostra de areia junto ao paredão sul da praia e outra amostra, composta em quatro áreas, ao longo da praia.

Refira-se que, por lei, não é obrigatório fazerem-se análises de areia das zonas balneares.

Os resultados das análises indicaram, sem margem para dúvida, a existência de um foco de contaminação fecal, junto ao paredão da praia.

Perante esta situação, a DRAM convocou as autoridades competentes, nomeadamente a Delegada de Saúde Concelhia da Ilha do Faial, a Polícia Marítima e o Parque Natural da Ilha do Faial, bem como a Câmara Municipal da Horta, para ser desenhado um plano de ação para mitigar a contaminação por bactérias fecais (Escherichia coli e Enterococos intestinais).

Durante essa reunião, a Delegada de Saúde Concelhia da Ilha do Faial decidiu, por precaução, interditar a prática balnear na Praia de Porto Pim por tempo indeterminado, até novas evidências de que a contaminação estaria debelada.

Neste contexto, a DRAM decidiu recolher mais uma dezena de amostras de areia, espacialmente representativas, e remetê-las para análise no Instituto Ricardo Jorge para validar a informação obtida inicialmente e despistar o foco de contaminação.

Paralelamente, a DRAM intensificou também a monitorização regular daquela água balnear, em especial na proximidade do foco de contaminação, tendo-se verificado que se encontrava em boas condições para banhos.

Por outro lado, o Parque Natural da Ilha do Faial desenvolveu todos os esforços para identificar e conter a origem da contaminação, tendo-se concluído que se devia a uma deficiência de uma caixa de passagem do sistema de fossas do bar da Fábrica da Baleia, que foi imediatamente reparada, através da sua impermeabilização.

A DRAM decidiu ainda proceder à remoção de 40 m3 de areia adjacente à zona contaminada, que será substituída por areia de outro local, iniciativa que está a decorrer durante a manhã de hoje.

No seguimento destas medidas, a Delegada de Saúde Concelhia da Ilha do Faial decidiu que a praia seria aberta ao público quarta-feira, sendo que a zona adjacente ao foco de contaminação ficará com acesso restrito até ao final da semana.

O resultado das últimas amostras, recebidas ao final da tarde de segunda-feira, confirmaram a contaminação junto ao paredão por coliformes fecais e confirmaram a ausência da levedura Cândida albicans e a presença de fungos filamentosos com uma densidade abaixo do máximo recomendável.

Apesar do incómodo causado aos banhistas pela interdição daquela zona balnear, saliente-se que, em primeiro lugar, está a salvaguarda da saúde pública.

A interdição da Praia de Porto Pim revela que o sistema de monitorização das zonas balneares dos Açores é eficaz, permitindo que a sua utilização seja feita em segurança.

A Direção Regional dos Assuntos do Mar continuará a monitorizar a Praia de Porto Pim, bem como todas as áreas balneares da Região, atuando sempre que necessário.

Refira-se ainda que o processo entre a recolha das amostras, a sua análise e a obtenção de resultados leva o seu tempo, tendo sido disponibilizada a informação possível, de modo a evitar especulações e interpretações erróneas.

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