Azores Wagyu - a melhor carne do mundo, no melhor sítio do mundo

Wagyu nos Açores: “A melhor carne do mundo, no melhor sítio do mundo”

Três empreendedores açorianos — Roberto Lino, Mário Freitas e Duarte Freitas — estão a desenvolver um ambicioso projeto de criação da raça japonesa Wagyu no Pico. A iniciativa, com horizonte de dez anos, aposta na qualidade premium da carne para os mercados locais e internacionais.

O projeto já está em curso há mais de um ano e centra-se na criação de animais, experimentação de modelos de promoção e definição de estratégias de distribuição pelas nove ilhas dos Açores.

Origem da ideia

Segundo Roberto Lino, a ideia surgiu do desafio lançado a Mário e Duarte Freitas: encontrar uma raça bovina que garantisse maior valor por quilo produzido, uma aposta estratégica para territórios insulares com limitações de escala.

“Queremos associar esta carne ao Pico e mostrar que aqui se produz do melhor vinho e também da melhor carne do mundo”, afirma, sublinhando a importância de utilizar a imagem da ilha, da sua natureza e pureza como elemento diferenciador nos mercados premium.

Divisão de funções

• Mário Freitas: produção;
• Roberto Lino: marketing e comunicação;
• Duarte Freitas: parcerias e distribuição.

Modelo aberto de negócio

Os sócios planeiam partilhar no site oficial do projeto informações sobre o modelo de negócio, fórmulas de alimentação e investigação ligada ao Wagyu.

A parceria com a Associação de Agricultores da Ilha do Pico permitirá criar um núcleo de produtores de Wagyu, dando formação e apoio técnico a quem queira apostar na raça. O objetivo final é consolidar um cluster regional de carne premium.

O que torna o Wagyu especial

De acordo com a página especializada BeefPoint, a carne Wagyu distingue-se pelo seu marmoreado intenso (gordura intramuscular), responsável pelo sabor único, pela textura extremamente macia e pela suculência.

Além do sabor, esta gordura é insaturada e rica em ómega-3 e ómega-6, tornando a carne não só mais saborosa como também mais saudável quando comparada com raças tradicionais.

Fonte: Jornal do Pico, edição 827, 13 de março de 2020