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Manuel da Silveira — o açoriano que já foi o homem mais forte do mundo

 


O halterofilismo é uma das modalidades mais antigas a ser praticadas no nosso país, apontando os historiadores o ano de 1860 como aquele em que ela foi oficialmente introduzida em terras lusitanas. Contudo, é só no início do século XX que surge aquele que muitos consideram como o grande nome do halterofilismo nacional: Manuel Paulo da Silveira. 


Nascido na ilha do Pico em 21 de outubro de 1867, mais precisamente na freguesia de Santo Amaro, concelho de São Roque do Pico, Manuel da Silveira é aquilo a que podemos chamar de um... herói acidental. Assim o foi porque descobriu o seu enorme talento — e sobretudo força física — devido ao... reumatismo!

Emigrante desde muito novo, andou pelos Estados Unidos da América e por São Tomé e Príncipe, regressando a Portugal em 1903, e com um problema de saúde, o reumatismo. Consultando um médico, foi-lhe dito que com algum exercício físico as dores que o atormentavam talvez o pudessem deixar sossegado. De imediato se inscreveu no Real Ginásio Clube Português, onde com 36 anos de idade se iniciou na modalidade que haveria de lhe conceder a imortalidade.

Revelou-se de pronto um levantador de peso excecional, tendo nos anos que se seguiram alcançado inúmeros recordes nacionais e internacionais. Em 1905, Manuel da Silveira venceu de forma esmagadora o II Campeonato Nacional de Força. Em Paris, no ano de 1908, bateu uma série de recordes mundiais, alguns deles só ao alcance de um autêntico fenómeno de força. O destaque na capital francesa vai para o levantamento de um alter com 186,5 kg, superando em 36,5 kg o recorde mundial anterior!

As façanhas de Manuel da Silveira tiveram um forte impacto no nosso país, pois nos anos seguintes outros atletas de peso, com peso e talento seguiram-lhe as pisadas.

Além do sucesso no halterofilismo, Manuel da Silveira foi figura de grande destaque na luta greco-romana com vários títulos de campeão nacional conquistados, nomeadamente, nos anos de 1906 e 1909.

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